domingo, 28 de setembro de 2008

ressaca moral

Porque, realmente, é isso que acontece. E como ela me disse, aquele texto do dia seguinte surge, mesmo que ninguém perceba. Sua angústia foi maior pelo fato dela mesma não saber o que tenha acontecido, se é que já sabe. Não há notícias. Isolada. Eu tenho certeza que, de todos os motivos, esse é o melhor pra servir de desculpa pra ela aproveitar a vida... como se já não aproveitasse.

Os pensamentos voam, são batidos naquele liquidificador que não distingue ódio de raiva, e nem amor de paixão. Fazer? Nunca se faz nada. No momento, ela sonha com o ensaio que abrirá sua rotina de um domingo, e também com aquele sono que não aconteceu, afinal, dormir era impossível. Pode ser que o efeito do álcool tenha vindo como uma bomba para esse dia. Nunca.

Essa palavra, hoje, martela minha cabeça. Nunca... o vocabulário, cada vez mais amplo, se restringe a essa simples e forte palavra. E, mais uma vez, ela pensa que nunca mais vai decepcionar os amigos, nunca mais vai dançar, nunca mais vai tentar mudar uma pessoa que não quer ser mudada... mais uma vez, o mundinho se fecha e diz: Não os decepcione. Iludida, ela volta a sua rotina de promessas, de alegria para os outros, de distribuição de sorrisos ao invés de doces, de máscaras, e de muitas questões totalmente inexplicáveis.

Isso tudo até a próxima festa...

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