segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Minha alegria, meu cansaço.

A melodia dança na ponta dos pés dentro da minha mente. Ora gira, ora salta. Ora desliza, ora sapateia. O momento não seria o mais propício, se não fosse, é claro.

Encostada no V da minha cama, vivo momentos que creio nunca terem existido. Parecem tão reais em minha memória. O cheiro, o gosto, até as formas... tocar no concreto, no real. Mas não, deixei fluir meu pensamento pra longe, bem longe do ponto de encontro com meu juízo.

Ele se aproximou, o invisível invadiu meu corpo. Da onde vem essa explosão no meu peito que eu mesma já comprei para falsear a sensação de estar ao seu lado? A cada inspiração, ele me mata. O desejo, aquele simples desejo de, mais uma vez, estar plena, divagando em teus detalhes. Cada perfeição, cada ponto e linha e ah, cada curva!

 Tudo é tão real que já não me importo quando e se aconteceu, para mim simplesmente foi assim. As sensações me dizem mais que qualquer ato. Já me entreguei a qualquer ofegação. Por que não? No momento, é o que sou, uma menina ofegante.