quinta-feira, 14 de abril de 2011

Uma tentativa certeira

E eu creio que é assim que a gente começa. Um tornado de ideias e eu tentando me prender a uma, que, o mais rápido possível, possa ser moldada. Curiosa, pensativa e ainda deslumbrada com um "mundo" de possibilidades ao qual eu descobri fazer parte. Mas que mundo, realmente, é esse? Quem são essas pessoas que vão me aceitar e que poderão acreditar nas minhas ideias como benefício para o todo? E quem eu considero "o todo"?

São questões e mais questões que há duas semanas não saem da minha cabeça. Questões que vem de um momento de pura epifania, quando, numa tentativa que já nem eu acreditava, entrei para o grupo do laboratório de web-comunicação da UFRJ: o F5. Os incentivos que NÃO recebemos da faculdade ficam ainda mais visíveis no momento que 4 jovens com um potencial elevadíssimo decidem compartilhar experiências e conhecimento com alunos que possuem todo um potencial a ser trabalhado.

Já sinto as mudanças, não sei se é pretensão, mas é o que me parece nesse curto período de tempo desses encontros.  Tchau ao comodismo! Saí daquela situação que me trava, estou me livrando da parte de mim que não acredita. Em duas semanas, as perguntas começaram a se verbalizar. Afinal, qual a lógica da ideia brilhante, da sacação tão esperada, se não as compartilharmos?

E por muito tempo fui assim... observadora, minimalista e, acho que infelizmente, descrente. Percebia o erro, procurava uma solução, mas a abandonava. Quem escutaria uma menina? E hoje eu posso dizer, quem não escutaria essa menina? É a nossa hora, e a nossa voz vale muito. É uma energia, uma rede na qual as ligações são feitas por nós. Nós temos a oportunidade e precisamos fazer o barulho. Quem pode acreditar nas minhas ideias? Primeiro eu, nós. E será aí que ela ganhará forma pra se apresentar ao mundo. E que mundo? O meu, o nosso? Que limites eu mesma devo definir para que um projeto tenha qualidade e, com isso, movimente o maior número de pessoas possível para apoiá-lo?

Bom, no meio desse tornado, com certeza, existe alguma coisa que vai ficar. A sacada estará em quem souber aonde se apoiar e, assim, se manter depois do boom de ideias.